Momento de silenciar acreditam
uns, momento de se comunicar direito dizem outros. O realista pensa: na verdade
quem deve não teme.
A crise de identidade política
instaurada em nosso país demonstra a fragilidade de seu exercício.
Me perguntam constantemente o que
se fazer num momento como esse? De cara respondo, seja você mesmo, se isso for
bom, faça e proponha coisas que você
conhece e tenha condições de executar, senão mude, se recolha e contribua de
outra forma.
Tenha uma conduta simples, não
ostente, não ande em tropas de segurança e de assessores, não assedie
moralmente os seus próximos, mostre abertamente no que você acredita, seja
religioso ou não, conservador ou progressista, defenda suas convicções e as siga.
A classe política brasileira tem
a fixação pelo mágico e inalcançável. Quem vende apenas sonhos não quer
executá-los, quer apenas colher os frutos desta expectativa, e o eleitor
percebeu isso.
O povo cansou, prefere ver coisas simples
realizadas, homens comuns na ação política, menos conversa e mais ação, quer
conduta ética no trato das coisas, não suporta mais barganhas.
A eleição de 2014 vai ser aquela
do que “ O Senhor fez de verdade por nós?” . Os candidatos ouvirão isso e terão
de responder com convicção e verdade.
Quem já tiver mandato vai ter que
explicar diretamente o que fez, ações impalpáveis e genéricas não serão
admitidas, e quem não tiver mandato deverá estar envolvido com algo de real,
não adiantará na maioria dos casos ter uma grande horda de amigos ou um grande
apelo financeiro.
O homem público será medido pelo
que faz, por sua imagem próxima a do
homem comum e por sua conduta ética e moral.
A pesquisa será o principal
instrumento de medição destas expectativas, mensurar a imagem e vocação do
político e cruzá-las com a expectativa do eleitor será um dos segredos desta
imprevisível eleição de 2014.