sexta-feira, 22 de março de 2013

Perguntas, perguntas...


Perguntas, perguntas...

A corrida presidencial literalmente começou, o que pareciam pretensões deram início a uma jornada que só acabará em outubro de 2014.

Esta eleição será marcante, diferente das últimas que foram polarizadas, desenha-se vários candidatos, Dilma e os programas assistenciais, Eduardo Campos e seu motim estratégico, Marina e o novo tempo, Aécio na oposição tradicional e até Serra o incansável.

Teremos uma confusão muito tempo não vista, pergunta-se:

 Pra onde irá o PSD de Kassab? A sensação é  que pode  estar com todos com exceção de Aécio. Arraes correrá mesmo o risco? O PPS insistirá com Serra , apostará no motim de Arraes ou na Obama brasileira ? Partidos que orbitam sempre com os governos irão se rebelar, ou não agüentarão abrir mão de seus espaços? E Serra o que irá fazer? Alckmin montará o presente olhando  para 2018? Quem será o candidato do PT para Governador em 2014? Como entra o PMDB nesta composição em São Paulo (imagem do vice ou somente tempo de TV)? E Lula, o maior artilheiro, como se posicionará?

Imagine a classe política apostar que a Rede não consiga se viabilizar como Partido, não tendo uma migração de parlamentares. E se ela obter no apagar das luzes o registro? Quem estiver dentro, se deleitará de uma candidata que espera ter, no mínimo, vinte milhões de votos.

As respostas serão dadas no decorrer do jogo, a grande questão é que verdadeiramente poderemos ter uma mudança radical nos parlamentos estaduais e federais, a composição majoritária nos dois níveis pode influenciar diretamente a eleição.

O que todos sabemos é que cada vez mais, o eleitor fará aquelas perguntas: O que ele fez pela minha cidade? Por que você estava com beltrano e agora junta-se com ciclano? Por que o senhor só aparece aqui nestas épocas?

 E sorrisos, discursos vazios e brindes não convencerão mais, este esgotado cidadão.


sábado, 16 de março de 2013

Quo Vadis Papam




Não vou discutir dogmatismos religiosos, ou o que significa ter um Papa Jesuíta (se este anúncio fosse feito a alguns séculos, maçons, judeus, islamitas, protestantes, indígenas,  ficariam apavorados).

Também não quero falar do porquê o Papa escolheu  o nome de Francisco, os otimistas dizerão por ser de Francisco de Assis o bom homem da caridade e do amor, os críticos pensarão em Francisco Xavier, o  jesuíta , evangelizador destemido, um dos homens de Ignácio de Loyola fundador da Companhia de Jesus.

A questão de ser argentino é irrelevante, a formação do clérigo na Igreja Católica segue o poder central do Vaticano, ele é filho de italianos (Bergoglio), vive num país europeizado, mas que possui problemas sociais e de instabilidade política secular.

O que me preocupa, é o importante para o mundo real, pontos que ainda não foram esclarecidos:
Qual é o pensamento deste Papa sobre o conflito no Oriente Médio? Sua ligação enquanto Arcebispo de Buenos Aires foi  muito boa com a comunidade judaica.

O que pensa sobre os governos populistas da América do Sul? A Igreja Romana irá se relacionar com eles ou voltará simplesmente a evangelização dos nativos como fazia nas missões?

E na Ásia, onde existe o maior contingente populacional mundial, tentará evangelizar passando por cima das realidades locais, como seu homônimo Francisco Xavier o fez? Ou criará uma interlocução mínima com os governos e grupos econômicos do Oriente?

Na questão de conceitos de ordem moral, será flexível ou não? Se sim não recuperará o perdido para os movimentos evangélicos na América Latina e África, se não será impossível recuperar o contingente europeu de ex- católicos que simplesmente viraram ateus.

Que o Papa Francisco venha a ser o único, e ajude a  trazer paz e respeito às liberdades, e que seja inspirado em Francisco, mas no de Assis,  e  guiado somente  por  Jesus Cristo.

domingo, 10 de março de 2013

Imagem falsa não cola mais.


O marketing eleitoral se ateve nos últimos tempos para questão da imagem pública do político, acerta nisso, mas esquece que o eleitor não se convence facilmente desta venda.

Um componente essencial entra em cena: a realidade. Não adianta vender que um político é humano, se nos bastidores sabe-se da sua truculência, assédios morais e sexuais com funcionários, distância do convívio com familiares e linguajar torpe.

Diferente de dias passados, a informação corre nos dias atuais, a internet com suas redes sociais e o avanço da aparelhagem de telefonia móvel, propagam milhares de informações por minuto.

Sejam fofocas, piadas, comentários de jornalistas ou notícias oficiais do homem público, tudo é discutido diariamente nestas mídias. Baseado nesta constância é que começa a se montar uma idéia de quem é aquele político, não mais, apenas, a partir do marketing imposto por sua assessoria.

A inversão do conceito romano é necessária para: a mulher que parece séria tem que ser séria, sobre o risco daquele político que tenta passar uma imagem positiva ficar avaliado como um hipócrita ou mentiroso, postura negativa ante a opinião pública.

Desta forma, a classe política precisa buscar cada vez mais uma sintonia entre sua vida particular e seu discurso e imagem projetada.

Na verdade, o eleitor quer votar em uma pessoa parecida com ele. Se de maneira intuitiva perceber que existe uma grande farsa montada para o ludibriar, além de não votar no enganador será mais um propagador da descrença política.

Obama dá um show neste quesito, exalando credibilidade e mistura entre pessoas iguais no público e privado, seu grupo político sabe, que na atualidade a intuição e percepção popular está amplamente desenvolvida pela estimulação de informações constantes.

“Que senhor brasileiro é esse, que açoita as mulheres negras na lavoura de dia e as procura em seus leitos na noite?”  Gilberto Freire (sociólogo).



sábado, 2 de março de 2013

A oposição e o marketing em 2014.


 A  vida política é cíclica, a volta de um quadro eleitoral presidencial com vários atores recai no mesmo erro de 2002.

A articulação política, as composições partidárias e os sinalizadores disparados pelo fogo amigo e oposição são semelhantes aos de hoje, Ciro que brigava com PSDB, buscava ACM, Brizola e Força Sindical; Serra que buscava destruir todas as candidaturas (Roseane, Ciro, ACM e Garotinho).  Ficamos assistindo bom tempo esta disputa.

Até que num determinado momento, com uma roupagem moderna, imagem remodelada, Lula faz uma eleição leve, sem ataques, com propostas objetivas de salvação popular e reinserção social das massas, vence,  e seu Partido se estabelece no poder até hoje.

Se Eduardo Campos perder tempo com articulações complexas, e não explicar a noventa por cento do eleitorado o que ele fez como Governador de Pernambuco, que o credencia a disputar a Presidência, avisando ao eleitor quem  ele é, suas pretensões virarão água.

Se Aécio Neves não explicar propositivamente (não críticas) o que fará na presidência, com propostas inteligíveis  e práticas, chegará fraco e sozinho  no final do percurso.

Na oposição, Marina é a única que explica quem é, e a que veio, mas necessita durante o caminho mostrar ao eleitor se tem forças para ganhar, chegará um tempo que suas belas idéias precisam se transformar em ações de mudanças reais na vida das pessoas, principalmente das menos favorecidas.

Os pretendentes ao trono de Dom Pedro precisam desde já fazer marketing de imagem e propaganda de idéias e realizações junto ao povo. Se não fizerem serão derrotados ou nem chegarão ao pleito de 2014.

A Presidenta, por sua vez, começa nesta semana a explicar em rede nacional, em uma boa propaganda  de TV, o  que fez  e o que vai fazer, sobre a pobreza no país, colocando uma perspectiva a médio prazo para seu fim. Largando na frente.

Que em 2013 o marketing não seja esquecido !