quarta-feira, 29 de maio de 2013

A grande São Paulo, província ou metrópole?

Os municípios da Grande São Paulo ainda não perceberam sua força.

A luta é contra o provincianismo, a capital por uma questão de mídia que irradia, centraliza o poder, a informação e o monopólio das atenções eleitorais e políticas da região.

A Grande São Paulo inteira, excluindo a Capital, já é maior que esta, os grande municípios metropolitanos  já se aproximam da população de 1 milhão de habitantes, são a balança das eleições de Governador e influenciam diretamente a disputa presidencial.

A Câmara Federal e a Assembléia Legislativa, ainda sofrem uma escassez de representantes destas metrópoles, a Capital e o próprio interior, possuem proporcionalmente, muito mais representantes.

Não existem discussões destes “clusters” da Grande São Paulo, seja ele na região Oeste, no ABC ou no Alto Tietê, o ideal seria o fortalecimento da figura dos Consórcios regionais e das prefeituras metropolitanas, que deveriam funcionar com metas e programas únicos e integrados de médio e longo prazo.

 A Grande São Paulo precisa eleger em maiores quantidades seus representantes às casas legislativas, para isso acontecer os Partidos políticos tem que estar nas mãos de colegiados, grupos diversos da política local, como já acontece na Capital, em vez de capitanias hereditárias de posse de caciquinhos regionais, que não produzem nenhuma estratégia a não ser de natureza eleitoral própria.

Chegando aos parlamentos, estes representantes deveriam se ater a discutir regionalmente questões estratégicas como: tributação específica, política industrial, estratégia de criação de novas mídias locais, infraestrutura de longo prazo, e não apenas  ações de um super vereador.

As cidades da região metropolitana de São Paulo devem passar da idade juvenil, de grandes polos metropolitanos de extensão da Capital, para realmente o que são: verdadeiros centros cosmopolitas.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

A política está sem foco.


Eleições presidenciais e Copa do Mundo se aproximam, as questões de infraestrutura começam a gritar aos ouvidos do cidadão, percebemos que não temos aeroportos, portos, estradas e sistema de transporte público condizentes a um país civilizado.

Na administração pública sabemos que isso significa falta de investimentos, de planejamento e uma dose alta de corrupção e burocracia que inviabiliza esta modernização.

No marketing governamental o que nota-se no Brasil é a falta de foco dos governantes, não temos especialistas à frente de administrações e mandatos parlamentares, com raras exceções.

Quem é o Prefeito da saúde, o Governador da educação, o Deputado do saneamento? Não visualizamos de imediato, precisamos ser convencidos por um marketing de comunicação sobre isso.

Me pergunto como os pleiteantes à 2014, Aécio Neves e Eduardo Campos querem vencer a mãe do Bolsa família (Dilma) e a santa da nova política do bem( Marina) simplesmente com números, promessas de futuro e discursos econômicos? São Governadores ora pois!  Teriam que ser os pais da educação, da saúde ou do desenvolvimento, exemplo de gestão e de soluções, dito isso pela boca popular, ecoando por todo o país.

Serve o mesmo para parlamentares que almejam executivos, e Prefeitos que buscam a reeleição. Conclamo: tenham um mote real, não uma simples obra de ficção de marketing, defina qual é sua marca, explore os setores que estão concentradas as suas realizações de homem público. Sob pena de não serem vistos como nada pelo eleitor, sofrendo a pior das observações: Mas o que ele fez por nós?

Você quer saber como se mensura isso numa pesquisa, com afirmações do eleitor do tipo: A saúde melhorou muito sou atendido com rapidez; Isso aqui era uma violência, acabou os assaltos, vivemos em paz; Escola pública aqui é igual que a particular; Temos esgoto tratado, não tem mais barracos, vivemos num outro lugar.

Marketing tem que ser a demonstração de resultados aprovados da administração pública, não a sua criação fictícia, que se transformam em meros castelos de areia construídos na beira do mar.



terça-feira, 14 de maio de 2013

Conselho: faça uma Pesquisa.




 A pesquisa de marketing é o primeiro movimento necessário para se montar qualquer estratégia política.

Não falo aqui de pesquisas quantitativas de natureza eleitoral, mas sim qualitativas ou quantitativas de caráter qualitativo.

O distanciamento do meio político da realidade social faz com que instrumentos de estratégia e de ação administrativa sejam especulados em vez de mensurados tecnicamente.

Achismos baseados em interesses de assessorias ou ilusões individuais, levam a diagnósticos de ação política equivocados, uma espécie de bússola ao contrário.

Correções na imagem, no foco de atuação, no discurso pessoal, nas áreas eleitorais de ação,  são diagnosticados na pesquisa prévia.

Os puristas e os mal informados falarão que o homem público não deve se valer de pesquisas para sua ação, os primeiros por causa do tabu da imagem moldada a partir dos anseios populares, o segundo  por ter nela a imagem negativa de pesquisas quantitativas em fase eleitoral que são manipuladas por órgãos tendenciosos.

Ao contrário disso, as pesquisas detectam os anseios populares, ela é o extrato da vontade popular, é democracia direta, diagnósticos são feitos em cima de interrogações como : A área que está funcionando mal e bem  no governo,  O que falta nele, O que esperamos ter no nosso bairro,  servem sim para melhorar Executivos quase sempre à deriva.

Quanto a imagem, faz um alerta aos políticos de posturas inadequadas e contrárias aos costumes gerais, não prego aqui a montagem de um personagem falso mas sim a congruência ética de determinado líder com a sociologia de seu eleitor, isso chama-se empatia, proximidade, o que leva naturalmente a defesa de interesses comuns daqueles que o elegeram.

O prefeito de Sucupira Odorico Paraguaçú (personagem do livro O Bem Amado de Jorge Amado) construiu um cemitério na cidade, que ficava sempre vazio, pois ninguém morria. Desesperado num evento público, Odorico indaga a população se ninguém ia morrer pra inaugurar o cemitério. Um rapaz respondeu: Você deveria ter nos perguntado o que a gente precisava (remédio, comida e água encanada), antes de pedir para nos enterrar.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A política precisa se adequar ao Mundo.


Nos idos antigos a política era o centro do pensamento, das inovações e das mudanças.

No Brasil, a ditadura militar enfraqueceu muito este setor, o período da reabertura ainda foi  o último suspiro deste celeiro de notáveis. Agregado a este momento, o crescimento do setor privado e o incentivo ao empreendedorismo, afastam cada vez mais estes grandes valores do meio político.

O que fica nele? Depende dos líderes políticos o posicionamento destes agentes nas assessorias e nos quadros governamentais, meritocracia e ética no trato da coisa pública deveriam ser os fundamentos destes posicionamentos.

Sabemos que isso pouco acontece, a decadência da república em nosso sistema é visível, confunde-se democracia, república, representação eleita, etc.. O fundamento básico da república é a separação dos interesses públicos e privados, o Estado não pode ser uma extensão ou um facilitador de interesses individuais.

Instaurado este quadro, os agentes que orbitarão na esfera pública serão estes representantes de interesses individuais, deixando a gestão de mandatos executivos e legislativos em segundo plano. O intuito da representatividade política é o desempenho prático do eleito, revertido em prol da sociedade sob forma de ações de mandato.

Defesa de grupos, encontros sem propósito, filantropias aleatórias, são ações de segunda ordem, que pela crise dos valores republicanos viraram ações primordiais.

Não vislumbro melhora na gestão, se mandatos executivos e de gabinetes parlamentares não passarem por uma revolução de hábitos. Nada adiantará a aplicação de técnicas de marketing, integração digital, comunicação eleitoral, se estes organismos funcionarem como fabriquetas dos anos 50.

Cargas horárias esdrúxulas, enclausuramento em gabinetes, centralização do poder, fomento de brigas internas, não compartilhamento de informações comuns, tudo isso leva a um fracasso administrativo.

Imagem e discurso não serão nunca substituídos por uma ação administrativa moderna, copiada não das empresas mais lucrativas, mas sim, das com mais sucesso e aceitação do consumidor comum.

Políticos, entrem no Mundo!