Tivemos nesta semana a criação da
bem intencionada REDE, reunião de novas e velhas figuras, que segundo elas próprias
querem criar uma nova forma de se fazer política.
Nos
últimos anos o quadro partidário se dividiu num primeiro plano entre o PT e sua
hegemonia nacional e a força tucana concentrada em São Paulo, e num segundo
plano nos Partidos que possuem forças
locais e de influência no Congresso Nacional (PMDB, PSD, PSB, PP, PR).
Desenha-se
uma nova conjectura nacional, a criação da REDE mudará a discussão política no
país, temas como: sustentabilidade, ética e preceitos de gestão moderna serão
abordados amplamente o que forçará uma posição dos partidos tradicionais ante
os temas que aparecerão.
Acontece
que não se iludam os sonháticos da REDE achando que será um grupo iluminista
que contagiará a massa popular com visões do paraíso. O marketing da apolítica
penetrará principalmente em grandes
capitais e nos níveis altos da pirâmide social. O que não dá lastro para
grandes disputas eleitorais e corpo político em composições partidárias que
normalmente são de natureza fisiológica.
Na
disputa presidencial em si acredito que Marina terá um bom espaço no quadro que
se desenha, ela tem bons arquétipos necessários na nova política: identidade
com as massas, religiosa, mulher, ficha limpa e pensa o futuro.
Isso
forçará o PT a retomar postos abandonados em setores antigamente dominados por
ele: como o terceiro setor, ambientalistas, pastorais, intelectuais e que hoje
se distanciam dele por alianças com setores fisiológicos da sociedade.
Já
a oposição terá que se reformular com ou sem a REDE, erros como: críticas
constantes ao governo federal, equipes
ultrapassadas nos executivos, marketing obsoleto e discursos indecifráveis, a
estão levando para um futuro incerto.
E o grupo que se desenha na própria
base do governo federal, Eduardo Campos, PMDB, PSD? Isso é 2018, uma outra história.